Os contratos futuros de petróleo encerraram a sexta-feira em queda, pressionados pela expectativa de que a Opep+ discuta um aumento de produção em junho, além do crescimento da oferta nos EUA e da demanda fraca na China. Na Nymex, o WTI para junho caiu 1,60%, fechando a US$ 58,29 o barril, enquanto o Brent para julho recuou 1,35%, para US$ 61,29. Na semana, ambos acumularam perdas próximas de 8% e 7%, respectivamente.
A antecipação da reunião da Opep+ reflete a pressão de membros do grupo para reagir ao excesso de oferta e à queda nos preços, com discussões sobre um possível aumento de 400 mil barris por dia. Analistas do Citi destacam que resistências internas podem manter os preços em suspenso, projetando que o Brent pode se estabilizar próximo a US$ 60 com aumentos moderados, mas corre risco de cair para US$ 50 caso haja produção excessiva ou flexibilização das sanções ao Irã.
O mercado também reagiu às tensões geopolíticas, incluindo a ameaça dos EUA de restringir compradores de petróleo iraniano, com a China como principal alvo. Apesar do otimismo com possíveis retomadas nas negociações comerciais entre EUA e China, o sentimento negativo no setor petrolífero permaneceu dominante, reforçando a volatilidade dos preços.