O Ibovespa iniciou a semana com queda, influenciado pela desvalorização do petróleo e pelos recuos nos mercados norte-americanos e europeus. A decisão da Opep+ de aumentar a produção a partir de junho e as tarifas impostas pelos EUA contribuíram para a queda das cotações do petróleo, impactando negativamente as ações da Petrobras, segunda maior empresa em peso no índice. Além disso, a ausência do mercado de minério de ferro na China, devido a um feriado, também pressionou os papéis da Vale, embora em menor intensidade.
A semana será marcada por uma agenda econômica intensa, com a divulgação de PMIs globais, o IPCA de abril no Brasil e decisões de política monetária no país, nos EUA e no Reino Unido. Os resultados trimestrais de grandes bancos, como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco, também estarão em foco. Analistas destacam que esses eventos serão determinantes para a direção do Ibovespa nos próximos dias, especialmente com o mercado atento aos sinais de possível fim do ciclo de alta da Selic, cuja decisão do Copom será anunciada na quarta-feira.
Enquanto isso, o petróleo Brent e o WTI acumulam quedas significativas em 2025, refletindo preocupações com a demanda global e o aumento da produção. O boletim Focus mostrou pequenas alterações nas expectativas de inflação e indicou a possibilidade de um corte de juros ainda em dezembro. Às 11h24, o Ibovespa registrava queda de 0,915%, com destaque para os recuos das ações da Petrobras e da Vale, em um dia marcado por cautela dos investidores diante dos riscos globais.