Os contratos futuros do petróleo tiveram alta significativa nesta terça-feira, 6, recuperando as perdas das últimas sessões. O movimento foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo recompras por investidores que estavam vendidos, o retorno de compradores chineses após um feriado e o agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio e na Europa Oriental. O WTI para junho subiu 3,43%, fechando a US$ 59,09 o barril, enquanto o Brent para julho avançou 3,19%, atingindo US$ 62,15.
Apesar da falta de notícias concretas que justificassem a disparada, analistas atribuíram parte do movimento a uma reação técnica após a forte queda registrada na segunda-feira, quando os preços atingiram patamares mínimos em mais de quatro anos. Além disso, sinais de desaceleração na produção de xisto nos EUA, com empresas como a Diamondback Energy reduzindo previsões de produção, ajudaram a aliviar preocupações com excesso de oferta. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) também influenciou o mercado ao sinalizar aumento de produção, atraindo vendedores.
O Departamento de Energia dos EUA revisou suas projeções, indicando um preço médio do Brent de US$ 62 no segundo semestre de 2024 e US$ 59 em 2025, abaixo das estimativas anteriores. O cenário geopolítico, incluindo os conflitos entre Israel e grupos no Iêmen, continua a adicionar volatilidade ao mercado, mantendo os investidores atentos a possíveis interrupções na oferta global.