As ações da PRIO (PRIO3) subiram 5,55%, atingindo R$ 35,58, após a empresa anunciar a compra de 60% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, por US$ 3,35 bilhões. A operação, dividida em duas etapas — US$ 2,399 bilhões por 40% do campo e US$ 950 milhões pelos 20% restantes — foi bem recebida pelo mercado, com analistas projetando ganhos potenciais de até R$ 4,70 por ação. A aquisição reforça a estratégia de expansão da companhia, que já operava parte do ativo, e pode reduzir custos operacionais, elevando o valor do campo para até US$ 5,8 bilhões.
Analistas destacam o alinhamento da aquisição com o perfil da PRIO, especialmente pela proximidade com seus ativos na Bacia de Campos, como os campos TBMT e Polvo. A XP Investimentos estima que o negócio pode adicionar entre R$ 3 e R$ 5 por ação ao valor patrimonial da empresa, com potencial de valorização de 9% a 15%. Além disso, a taxa interna de retorno (TIR) projetada é de 18%, considerando o Brent a US$ 60 por barril. O Bradesco BBI ressalta que, mesmo em cenários conservadores, a PRIO pode equilibrar seu fluxo de caixa até 2026.
A operação consolida a PRIO como uma das principais apostas do setor, com recomendações de compra e preço-alvo de R$ 49. O campo de Peregrino, que já produziu até 100 mil barris por dia, está em fase de modernização, com planos para aumentar a capacidade. A decisão entre reinvestir lucros ou distribuir dividendos ainda é debatida, mas analistas enxergam vantagens no longo prazo, especialmente com a eficiência operacional. A aquisição reforça a trajetória de crescimento da empresa, independentemente das flutuações do petróleo.