Durante 34 anos, uma pesquisadora brasileira dedicou-se a encontrar soluções sustentáveis para substituir fertilizantes químicos na agricultura. Seu trabalho inovador, focado no uso de bactérias que facilitam a fixação biológica de nitrogênio em lavouras de soja, resultou no desenvolvimento de um inoculante. Esse produto, misturado às sementes no plantio, reduz custos e impactos ambientais, sendo adotado em 85% das áreas de cultivo de soja no país.
A tecnologia desenvolvida pela pesquisadora, reconhecida com o prêmio considerado o Nobel da Agricultura, gerou uma economia estimada em R$ 140 bilhões apenas no último ano. Além da soja, o método pode ser adaptado para outras culturas, como milho, trigo e feijão, promovendo uma produção mais eficiente e limpa. Agricultores que adotaram a técnica relatam reduções significativas nos custos, chegando a ser 10 vezes mais barata que o uso de fertilizantes nitrogenados tradicionais.
Os benefícios do inoculante vão além da economia financeira: a técnica reduz a emissão de mais de 200 milhões de toneladas de CO₂ equivalente na atmosfera, contribuindo para a sustentabilidade do planeta. A pesquisa demonstra que é possível produzir alimentos com a mesma ou maior eficiência que os métodos convencionais, melhorando a saúde do solo e a qualidade nutricional dos alimentos. Esse avanço coloca o Brasil na vanguarda da agricultura sustentável, mostrando que inovação e cuidado ambiental podem andar juntos.