Um acordo judicial que garantiu a permanência do atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no cargo está sob questionamento após uma perícia indicar que uma das assinaturas pode ser falsa. O documento, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), teria sido assinado por um ex-dirigente da entidade, que, à época, enfrentava problemas de saúde graves, incluindo um tumor cerebral. O Congresso Nacional agora busca convocar o presidente da CBF para esclarecimentos, além de investigar a validade do acordo e possíveis irregularidades na gestão da entidade.
A análise pericial aponta discrepâncias na assinatura do ex-vice-presidente da CBF, que já havia sido alvo de polêmicas anteriores envolvendo procurações sob pressão. O requerimento do Congresso também menciona preocupações com a transparência na administração da CBF, incluindo altos honorários a advogados e gastos questionáveis durante a Copa do Mundo de 2022. Além disso, há discussões sobre um possível conflito de interesses no STF, onde o processo foi julgado.
Enquanto o STF se prepara para analisar o mérito da ação no final de maio, a CBF não se manifestou sobre as acusações. O presidente foi recentemente reeleito por aclamação, mas as investigações podem impactar a credibilidade da entidade, que exerce um papel central no futebol brasileiro. O caso levanta debates sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência na gestão do esporte mais popular do país.