Um perfil nas redes sociais associado a uma figura ligada ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro superou 250 mil seguidores após sua morte durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo da Maré. O indivíduo, conhecido por um apelido, era apontado como segurança de um líder faccionado e teria morrido em um confronto com a polícia, junto a outros dois homens. Imagens divulgadas mostraram que seu velório teve o caixão fechado devido aos ferimentos.
Desde o ocorrido, o perfil passou a receber homenagens diárias e publicações, incluindo conteúdos relacionados a casas de apostas, sugerindo que a conta está sendo administrada por alguém próximo. Frases como “cria não morre, cria vira lenda” foram compartilhadas por seguidores, e o número de seguidores mais que dobrou após o falecimento. Uma carreata e motociata foram organizadas na comunidade em memória dos mortos, com participação de influenciadores e um cantor conhecido, gerando debates sobre o significado das homenagens.
O caso destacou a mobilização digital em torno de figuras vinculadas ao crime e o uso das redes sociais como ferramenta de influência, mesmo após a morte. A repercussão levanta questões sobre como essas plataformas são utilizadas para perpetuar narrativas e culturas específicas, muitas vezes desafiando as autoridades e a opinião pública.