O governo americano aceitou um Boeing 747 doado pelo Catar para servir como o novo Air Force One, conforme anunciado pelo Pentágono. A decisão, no entanto, enfrenta resistência de congressistas, especialistas em segurança nacional e juristas, que argumentam que a aceitação do presente pode violar a Constituição, que proíbe autoridades federais de receberem presentes de governos estrangeiros sem aprovação legislativa. O Pentágono afirmou que seguirá todos os regulamentos federais e implementará medidas de segurança necessárias para adaptar a aeronave ao transporte do presidente.
Críticos destacam que a reforma do avião para atender aos padrões de segurança será cara e demorada. Enquanto isso, defensores da proposta argumentam que a doação representa uma economia de recursos públicos, evitando gastos milionários com uma nova aeronave. O avião, avaliado em US$ 400 milhões, seria o maior presente estrangeiro já recebido pelo governo dos EUA e, segundo relatos, poderá ser destinado à biblioteca presidencial após o fim do mandato atual.
Apesar das controvérsias, a pressa para colocar o novo Air Force One em operação é clara, com a expectativa de substituir duas aeronaves utilizadas há quase 40 anos. O Pentágono não divulgou um prazo para a conclusão das adaptações, mas a demanda por agilidade no processo já foi expressa. O caso continua a gerar debates sobre ética, segurança e o uso de recursos públicos.