[Em novembro de 2024, o Paysandu conquistou o Campeonato Paraense Sub-20 após sete anos, quebrando um jejum e abrindo uma oportunidade para integrar jovens talentos ao elenco principal. No entanto, a promessa de valorizar a base, feita pela diretoria, não saiu do papel. Apesar da exaustiva maratona de jogos e da necessidade de peças de reposição, o clube ignorou suas categorias de base, optando por contratações sem critério claro e deixando de aproveitar jogadores como Kauã Hikel e Henrique Salomoni, elogiados internamente.
O planejamento de um elenco enxuto e qualificado falhou, e o técnico Luizinho Lopes frequentemente precisou improvisar devido à falta de opções. Enquanto isso, jovens como o zagueiro Yarlei, de 19 anos, foram emprestados, e o clube manteve jogadores que não corresponderam às expectativas. A decisão de não investir nos talentos da casa contrasta com o discurso de dificuldades financeiras, levantando questionamentos sobre a gestão do time.
Clubes grandes como Palmeiras e Flamengo demonstram como a aposta na base pode render frutos técnicos e financeiros, mas o Paysandu parece incapaz de enxergar essa solução. A falta de aproveitamento das promessas internas não só representa um desperdício, mas também levanta dúvidas sobre a competência da diretoria em planejar o futuro do clube de forma sustentável.]