Um voo da TAP no Aeroporto do Galeão foi cancelado após a companhia aérea se recusar a permitir o embarque de um cão de serviço, mesmo com uma decisão judicial favorável. A passageira, Hayanne, tentava levar o animal, Tedy, para sua irmã de 12 anos, que está em Lisboa e possui espectro autista. A TAP sugeriu transportar o cão no bagageiro, mas a família recusou, alegando preocupações com o bem-estar do animal e da criança. A Polícia Federal autuou um gerente da empresa por desobediência à ordem judicial.
O caso começou em abril, quando a família foi impedida de embarcar com o cão pela primeira vez. Em maio, um juiz determinou que a TAP permitisse o embarque de Tedy na cabine, mas a companhia manteve sua posição. Enquanto isso, o animal e a criança, que já viajaram juntos anteriormente, apresentam sinais de estresse devido à separação. O Certificado Veterinário Internacional, necessário para a viagem, vence no domingo (25), aumentando a urgência da situação.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que companhias aéreas podem negar o transporte de animais de suporte emocional caso não cumpram critérios internos. No entanto, Tedy é classificado como cão de serviço, treinado para auxiliar a criança com autismo. Até o fechamento desta reportagem, a TAP não havia se pronunciado sobre uma solução, e um segundo voo corria o risco de cancelamento devido ao impasse.