O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu utilizar cédulas de papel em sua eleição interna, marcada para 6 de julho, após não conseguir obter urnas eletrônicas emprestadas em todos os Estados. Apesar de ter solicitado os equipamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 16 unidades federativas autorizaram o empréstimo. Quatro Estados negaram o pedido, citando questões de segurança e logística, enquanto outros sete ainda estavam em negociação. Diante da impossibilidade de uniformizar o processo, o partido optou por um modelo unificado com votação manual.
A decisão foi tomada após reunião da Executiva nacional, encerrando a tentativa de usar urnas eletrônicas, consideradas mais seguras para a apuração dos votos dos cerca de 3 milhões de filiados. O secretário-geral do PT explicou que a Justiça Eleitoral não pôde disponibilizar os equipamentos em todos os municípios, levando à adoção das cédulas, que serão produzidas pelo próprio partido. Esta será a primeira eleição direta do PT em 12 anos, com um possível segundo turno em 20 de julho.
O pleito definirá o novo presidente da sigla, com o ex-prefeito Edinho Silva como favorito, apoiado pela corrente majoritária do partido. Outros quatro nomes disputam o cargo, incluindo um deputado federal e um dirigente nacional. Nas últimas eleições internas, em 2017 e 2019, a votação foi híbrida, mas agora retorna ao formato tradicional, marcando uma nova fase na organização partidária.