As Parcerias Público-Privadas (PPPs) na educação básica estão evoluindo no Brasil, indo além da construção e manutenção de escolas para incluir modelos pedagógicos inovadores. Empresas como a Mind Lab, especializada em educação socioemocional, estão ampliando seu alcance por meio dessas parcerias, focando não apenas no déficit estrutural, mas também no aprendizado. Com metodologias baseadas em jogos e estratégias metacognitivas, a empresa busca integrar formação docente e materiais didáticos a contratos de longo prazo, alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Um dos diferenciais desse modelo é a combinação de infraestrutura física com suporte pedagógico, criando ambientes de aprendizagem mais completos. Estudos, como um realizado pelo BID em parceria com o Insper e o Instituto Ayrton Senna, mostram melhorias significativas no desempenho acadêmico e nas habilidades socioemocionais dos alunos. Em 2023, escolas que adotaram o programa MenteInovadora tiveram um crescimento médio de 0,8 pontos no IDEB, quadruplicando a média nacional. A formação contínua de professores é central nessa abordagem, com capacitações práticas e mentorias para garantir a aplicação efetiva do método.
Apesar do crescimento, ainda há resistências em relação às PPPs educacionais, principalmente sobre o risco de privatização do ensino público. Defensores do modelo argumentam que o Estado mantém o controle pedagógico e que a iniciativa privada atua apenas na operação e complementação de serviços. Com a expansão para etapas como o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA), as PPPs podem se consolidar como uma ferramenta para unir eficiência administrativa e impacto educacional no país.