Um paratleta cadeirante de Uberlândia, campeão brasileiro de lançamento de dardo, relatou ter sido vítima de discriminação por um motorista de aplicativo. O condutor teria arrancado com o veículo ao perceber que o passageiro era uma pessoa com deficiência. O caso, registrado em câmera de monitoramento, foi denunciado ao Ministério Público e à polícia. A plataforma de transporte afirmou que o motorista foi bloqueado permanentemente e que não tolera atitudes discriminatórias.
O atleta, que também é representante de associações locais de apoio a pessoas com deficiência, destacou que já enfrentou situações semelhantes, mas nunca com tamanha gravidade. Ele ressaltou que, apesar do ocorrido, muitos motoristas prestam um serviço adequado e respeitoso. O caso reacendeu o debate sobre acessibilidade e inclusão no transporte por aplicativo, além de questões mais amplas sobre capacitismo na sociedade.
Além da ação judicial, o paratleta espera que o incidente sirva para conscientizar sobre os desafios enfrentados por pessoas com deficiência. Ele mencionou melhorias no transporte público da cidade, mas apontou que ainda há barreiras a serem superadas. O Ministério Público de Minas Gerais confirmou a abertura de investigações para apurar o fato e tomar as medidas cabíveis.
