O governo do Paraná concluiu a destruição de mais de 10 milhões de ovos férteis como medida preventiva contra a influenza aviária (H5N1). A ação foi realizada após a identificação de um lote de 12 mil ovos originários de uma granja no Rio Grande do Sul, onde foi confirmado o primeiro foco da doença em uma unidade comercial. Apesar de não haver sinais de contaminação nos ovos paranaenses, o descarte total foi executado seguindo protocolos sanitários, coordenado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapar).
O Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, ainda não registra casos da doença, mas a proximidade com o foco gaúcho e o trânsito de material genético entre estados justificaram a medida. A destruição dos ovos, que eram destinados à incubação e não ao consumo, visa preservar a biossegurança da cadeia avícola e evitar bloqueios comerciais. Após o caso no RS, países como China e União Europeia suspenderam temporariamente as importações de carne brasileira, impactando o setor.
Autoridades afirmam que a decisão tem respaldo técnico e destacam a importância da colaboração dos produtores no cumprimento de protocolos de biossegurança. O sistema de vigilância do estado monitora mais de 300 propriedades, com resposta a suspeitas em menos de 12 horas. A medida, considerada extrema, busca manter o status sanitário do Paraná e evitar prejuízos econômicos maiores, enquanto negociações internacionais avançam para a retomada das exportações.