Dez dias após sua eleição, o Papa Leão 14 celebrou sua missa inaugural na Praça São Pedro, marcando o início oficial de seu papado. Cerca de 250 mil fiéis e delegações de 144 países compareceram ao evento, que teve destaque para representantes dos Estados Unidos e do Peru, nações das quais o pontífice possui nacionalidade. A cerimônia, de proporções similares ao funeral de seu antecessor, Francisco, ocorreu sob forte esquema de segurança, com a presença de figuras como o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
O novo papa herda uma série de desafios, incluindo o declínio no número de fiéis na Europa, a redução de sacerdotes e religiosas e a necessidade de unificar alas divididas dentro da Igreja. Além disso, Leão 14 terá de lidar com tensões diplomáticas, como as relações com os EUA e a China, e com a pressão por avanços em temas progressistas, como a inclusão de mulheres em cargos de liderança e a bênção a casais homossexuais. A gestão financeira do Vaticano, que enfrenta déficits significativos, também demandará atenção.
Entre as prioridades anunciadas por Leão 14 está a promoção da paz, embora ele precise encontrar um equilíbrio após as polêmicas posições de Francisco sobre conflitos como a guerra na Ucrânia e Gaza. A ação contra abusos sexuais no clero, especialmente nos EUA, onde o tema é sensível, será outro ponto crítico. O discurso do novo papa durante a homilia foi aguardado como um indicativo de como ele abordará esses desafios, buscando construir pontes dentro e fora da Igreja.