Em seu primeiro discurso para diplomatas mundiais, o papa Leão 14 destacou a importância de respeitar a dignidade dos imigrantes, posicionando-se em possível divergência com políticas migratórias restritivas. Nascido nos EUA e com raízes caribenhas, o pontífice citou sua própria história como descendente de imigrantes para enfatizar a necessidade de compaixão e solidariedade. Ele afirmou que a dignidade humana é inalienável, independentemente de origem ou condição, e condenou qualquer forma de desrespeito aos mais vulneráveis, incluindo refugiados e desempregados.
Além da questão migratória, Leão 14 reafirmou os valores tradicionais da Igreja Católica, defendendo o casamento heterossexual como base da sociedade e a proteção da vida desde o nascituro até a velhice. O papa também criticou o comércio de armas e pediu maior investimento em diplomacia multilateral para resolver conflitos, mencionando especificamente o Oriente Médio e a Ucrânia como regiões de sofrimento intenso. Sua fala manteve o tom conciliador de antecessores, mas com clareza sobre as posições doutrinárias da Igreja.
O discurso marcou o início de um pontificado que promete continuar a tradição de engajamento global, com Leão 14 expressando desejo de visitar os países de origem dos embaixadores presentes. Embora tenha evitado citar nomes de líderes políticos, sua mensagem reforçou a postura da Igreja em defender os marginalizados e promover a paz, mesmo que isso exija, como ele disse, “linguagem contundente” ao falar com os poderosos. A missa inaugural do papa, no domingo, contará com a presença de uma delegação dos EUA, indicando a importância do diálogo entre a Santa Sé e as nações.