Os pagamentos sem contato, realizados apenas com a aproximação do cartão, já representam 67% das transações com bandeira Visa no Brasil. O crescimento foi impulsionado pela adoção em pequenos comércios e no transporte urbano, como o metrô do Rio de Janeiro. Na América Latina, a média de uso é de 70%, com países como Chile e Costa Rica ultrapassando 90%. No México, onde o dinheiro ainda é predominante, a adoção é menor, mas a expectativa é que aumente com a Copa do Mundo de 2026, que será sediada parcialmente no país.
A tecnologia sem contato chegou ao Brasil em 2008, mas ganhou força após 2016, quando a Visa fechou parceria com o metrô do Rio por causa das Olimpíadas. A pandemia também acelerou a adoção, já que os consumidores buscavam evitar contato físico com máquinas de cartão. No México, a Visa está em conversas com o governo para ampliar a formalização da economia, incluindo a adoção de estádios cashless, como um em Monterrey que já está em transição.
Eventos globais, como Copas do Mundo e Olimpíadas, têm papel importante na popularização do cartão, não apenas durante os jogos, mas também no turismo pós-evento. No Rio, o legado das Olimpíadas de 2016 incluiu maior adoção de pagamentos digitais. A tendência é que, com a Copa de 2026, o México siga caminho semelhante, reduzindo o uso de dinheiro em espécie.