Um padre da Diocese de Divinópolis (MG) divulgou uma nota recusando-se a realizar batizados e outros ritos católicos em bonecas reborn, sugerindo que as pessoas que fazem tais pedidos busquem ajuda psicológica ou psiquiátrica. A publicação, compartilhada em seu perfil no Instagram, que tem 3,7 milhões de seguidores, gerou discussão nas redes sociais, onde donos desses bonecos hiper-realistas têm enfrentado críticas. O padre destacou que não celebraria eventos como missas de Primeira Comunhão ou orações para “bebês possuídos”, brincando com a ideia de que essas situações deveriam ser tratadas por profissionais ou até mesmo pelo fabricante das bonecas.
Enquanto isso, deputados apresentaram três projetos de lei para restringir o uso de bebês reborn em espaços públicos e evitar que seus donos obtenham benefícios destinados a crianças reais. As propostas incluem proibir atendimentos médicos simulados, aplicar sanções administrativas a quem usar os bonecos para vantagens indevidas e oferecer acolhimento psicossocial para quem desenvolve vínculos afetivos intensos com os objetos.
A polêmica ganhou força após vídeos de “mães de reborn” viralizarem nas redes sociais, levantando debates sobre saúde mental e o limite entre hobby e distúrbio. As medidas legislativas e a posição da Igreja Católica refletem a crescente preocupação com o fenômeno, que divide opiniões entre quem o vê como terapia e quem o considera um comportamento problemático.