O padre e influenciador digital Patrick Fernandes depôs na CPI das Bets no Senado, destacando os impactos negativos das apostas online como uma questão de saúde pública. Ele relatou que, embora tenha recebido propostas milionárias para promover plataformas de jogos, recusou-as por convicções éticas. Em sua fala, enfatizou o vício como um transtorno mental, especialmente entre homens adultos e jovens das regiões Norte e Nordeste, onde a falta de oportunidades aumenta a vulnerabilidade.
O religioso criticou a propaganda desenfreada de casas de apostas nas redes sociais, revelando que recebe diariamente mensagens de aliciamento. Defendeu que influenciadores com grande alcance deveriam se posicionar contra a prática e sugeriu a proibição legislativa desse tipo de publicidade. Para ele, alertas sobre responsabilidade ou limites de idade são ineficazes diante do poder persuasivo das campanhas promocionais.
A CPI, que investiga a promoção de jogos de azar por influenciadores e possíveis irregularidades em contratos, concordou com as preocupações levantadas. Parlamentares destacaram a necessidade de ouvir os donos das plataformas nas próximas sessões, reforçando o caráter urgente do debate sobre regulamentação e proteção aos usuários, especialmente menores e pessoas em situação de vulnerabilidade.