A confirmação de um foco de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no Rio Grande do Sul resultou na suspensão temporária das exportações brasileiras de carne de frango para a União Europeia e a China. O vírus também foi detectado em um zoológico na região metropolitana de Porto Alegre, ampliando as medidas de controle. De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspensão segue protocolos internacionais, afetando 7% das vendas para a UE e 10,89% para a China, principais mercados do produto. Enquanto alguns países, como Japão e Arábia Saudita, restringiram as importações apenas ao estado afetado, outros, como a Argentina, bloquearam totalmente as compras do Brasil.
Text: O governo brasileiro está atuando em duas frentes: contenção sanitária para evitar a propagação do vírus e negociações comerciais para minimizar os impactos. O ministro Carlos Fávaro destacou que a redução das exportações pode aumentar a oferta interna de carne de frango, pressionando os preços para baixo, enquanto o mercado de ovos também pode ser afetado, ainda que em menor escala. Especialistas avaliam que o impacto econômico será limitado, devido à diversificação dos mercados de frango e ao ciclo produtivo mais curto das aves em comparação com outros animais.
Text: Este é o primeiro caso de gripe aviária em um sistema comercial no país, embora o vírus já tenha sido identificado em aves silvestres desde 2023. A granja em Montenegro foi isolada, com todas as aves sacrificadas e os ovos fertilizados inutilizados. O Ministério da Agricultura reforçou a vigilância na região e está em negociações para regionalizar os protocolos com a UE, visando restringir as suspensões apenas às áreas próximas aos focos detectados. A expectativa é que mais países adotem medidas semelhantes, reduzindo os efeitos sobre as exportações brasileiras.