Os preços do ouro registraram alta nesta sexta-feira, 2, interrompendo três sessões consecutivas de queda, impulsionados pela desvalorização do dólar. No entanto, o metal precioso ainda encerrou a semana em desvalorização, pressionado pelas expectativas de alívio nas tensões comerciais entre EUA e China. Na Comex, o contrato para junho subiu 0,65%, fechando a US$ 3.243,3 por onça-troy, mas acumulou uma queda de 1,94% na semana.
Analistas destacam que saídas de ETFs de ouro indicam que investidores aproveitaram a valorização de 21% no ano para realizar lucros. O movimento recente abre espaço para uma correção técnica, ajustando os excessos acumulados. Além disso, o avanço dos mercados acionários, após a divulgação de dados econômicos positivos, pode reduzir a atratividade do ouro como porto seguro no curto prazo.
Apesar do cenário mais otimista no comércio global, especialistas alertam para riscos no médio e longo prazo. A incerteza tarifária ainda persiste, e novos episódios de aversão ao risco podem reacender a demanda pelo metal como proteção. Enquanto isso, a confiança no dólar, reforçada pelos progressos nas negociações comerciais, continua a limitar os ganhos do ouro no curto prazo.