O preço do ouro atingiu patamares recordes, ultrapassando US$ 3.500 por onça troy, um marco histórico mesmo ajustado pela inflação. Especialistas atribuem o aumento a fatores como a volatilidade nos mercados globais, as políticas comerciais imprevisíveis dos EUA e a crescente demanda por ativos seguros em meio a incertezas geopolíticas. Bancos centrais de países como China, Rússia e Turquia têm ampliado suas reservas de ouro, reforçando sua percepção como um porto seguro em tempos de instabilidade.
Embora o ouro seja visto como uma reserva de valor estável, analistas alertam para os riscos de flutuações bruscas. Históricos como os de 1980 e 2011 mostram que picos de preço podem ser seguidos por quedas significativas. A atual alta pode estar alimentada pelo “medo de ficar de fora” (FOMO), com investidores buscando proteger seus patrimônios, mas também por especulações que podem levar a uma bolha no mercado.
Para investidores, a recomendação é diversificar os portfólios e evitar concentrar recursos no ouro. Enquanto alguns especialistas projetam que o preço pode subir ainda mais, outros preveem correções no curto prazo. A decisão de investir deve considerar o cenário econômico global e os objetivos de cada pessoa, sempre com cautela para não cair em armadilhas de curto prazo.