Cinco opositores venezuelanos que estavam refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas apareceram publicamente nos Estados Unidos no sábado (24), afirmando que sua saída foi parte de uma “operação sem precedentes” ainda em andamento. Eles haviam se abrigado no local por mais de um ano, alegando perseguição política antes das eleições de julho, marcadas por denúncias de irregularidades. Durante coletiva em Washington, uma das refugiadas descreveu o processo como estratégico, envolvendo grandes riscos, mas evitou detalhes para não comprometer a continuidade da ação.
O governo venezuelano contestou a versão de um resgate, classificando a saída como resultado de negociações. Os opositores, no entanto, relataram condições difíceis durante o refúgio, incluindo suposto cerco de agentes de inteligência e cortes de serviços básicos na embaixada — alegações negadas pelas autoridades. A chegada do grupo aos EUA foi confirmada no início de maio, com autoridades locais celebrando sua segurança em território americano após uma “operação precisa”.
O caso destaca a tensão política na Venezuela, onde críticos do governo enfrentam desafios para buscar asilo ou proteção internacional. Enquanto os opositores agradeceram o que chamaram de “milagre”, as autoridades venezuelanas mantêm sua narrativa, reforçando a polarização no país. A situação continua a atrair atenção internacional, com detalhes da operação permanecendo sob sigilo.