O governo da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (23) a prisão de um líder opositor, acusado de integrar uma suposta rede terrorista que estaria planejando ações contra as eleições legislativas e estaduais marcadas para este domingo. O ministro do Interior afirmou que foram apreendidos quatro celulares e um computador como parte das investigações. O detido, que estava na clandestinidade, já ocupou cargos na Assembleia Nacional e é aliado de uma conhecida figura da oposição.
Durante o anúncio, autoridades informaram que outras pessoas, incluindo estrangeiros, também foram detidas por suposto envolvimento no caso. Imagens exibidas na televisão estatal mostraram o opositor algemado e escoltado por agentes encapuzados. As autoridades não forneceram detalhes adicionais sobre as evidências ou os planos atribuídos ao grupo.
Pouco depois da prisão, uma mensagem atribuída ao opositor foi publicada em sua conta em uma rede social, afirmando que ele havia sido “sequestrado” pelo regime e expressando incerteza sobre seu futuro. O texto também reiterou a convicção de que a luta contra o governo atual seria vitoriosa. A situação ocorre em um contexto de tensão política no país, às vésperas das eleições.