A Polícia Federal investigou pelo menos três indivíduos ligados a atividades de espionagem que utilizaram identidades falsas para abrir empresas no Rio de Janeiro. Os negócios, registrados em nomes de brasileiros fictícios, incluíam um comércio de antiguidades e uma microempresa de objetos de arte, ambos localizados na Barra da Tijuca. Os envolvidos mantinham uma fachada de vida comum até deixarem o país em 2018, desaparecendo sem deixar rastros.
Outro caso destacado envolvia uma empresa de impressão 3D em Curicica, que supostamente fornecia equipamentos de proteção durante a pandemia. O responsável pelo negócio também vivia sob um pseudônimo e mantinha uma relação com uma brasileira que desconhecia sua verdadeira identidade. Antes que as investigações avançassem, ele deixou o Brasil em 2022 e não retornou.
As empresas citadas nos inquéritos já constam como extintas na Receita Federal. As investigações reforçam a preocupação com a utilização do território brasileiro como base para operações clandestinas, conforme apontado em reportagem internacional. As autoridades continuam monitorando casos semelhantes para evitar a exploração do país por redes de espionagem.