Uma investigação detalhada expôs como o Brasil foi utilizado como ponto de partida para agentes de inteligência russos, que assumiram identidades falsas para operar em outros países. Esses espiões obtiveram documentos brasileiros legítimos, mas com nomes fictícios, permitindo-lhes adquirir passaportes e infiltrar-se em nações estratégicas. A operação, que durou anos, explorou brechas no sistema de registro civil, criando histórias convincentes para sustentar suas novas identidades.
Entre os casos identificados, destacam-se indivíduos que viveram no Brasil por anos, estabelecendo empresas, relacionamentos e até carreiras acadêmicas antes de se mudarem para outros países. Alguns foram presos após denúncias de serviços de inteligência estrangeiros, enquanto outros desapareceram sem deixar rastros. As autoridades brasileiras, em colaboração com agências internacionais, conseguiram desmantelar parte da rede, mas alguns agentes ainda permanecem em local desconhecido.
A investigação revelou a sofisticação da operação, que incluía desde certificados militares falsos até diplomas universitários. Com as identidades expostas e os nomes reais sinalizados em bancos de dados globais, esses agentes dificilmente poderão retomar suas atividades. O caso levanta questões sobre a segurança dos sistemas de identificação e a necessidade de maior cooperação internacional para combater a espionagem.