A Polícia Civil do Tocantins investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos durante a gestão de um ex-governador, entre 2018 e 2022. Segundo as autoridades, o dinheiro teria sido distribuído por meio de empresas de fachada e “laranjas” para ocultar sua origem. A operação, batizada de Via Avaritia, aponta transferências suspeitas de uma construtora para pessoas físicas e jurídicas sem justificativa clara, incluindo uma empresa registrada em endereço fictício. O ex-governador nega as acusações e alega motivação política.
A investigação identificou repasses milionários para contas de indivíduos que, aparentemente, não tinham condições financeiras para movimentar tais valores. Uma das empresas envolvidas teria sido criada apenas no papel, com o objetivo de operacionalizar contratos públicos em troca de comissões. A construtora citada no relatório afirma que cumpriu os serviços contratados e que eventuais irregularidades foram resolvidas em acordo com o Tribunal de Contas.
Os delegados responsáveis pelo caso afirmam ter reunido indícios robustos do esquema, que deve ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça devido ao foro privilegiado dos envolvidos. Enquanto isso, os investigados defendem sua inocência, classificando a operação como abusiva e sem fundamento. O caso continua em andamento, com espaço para manifestações das partes citadas no relatório.