Investigações da Polícia Federal desvendaram um esquema de produção e venda de cigarros ilegais no Rio de Janeiro, que movimentava pelo menos R$ 50 milhões mensais. O grupo criminoso, liderado por um indivíduo já conhecido pelas autoridades, utilizava fábricas clandestinas que operavam com trabalho escravo e violência. Os lucros foram usados para financiar corrupção, atividades ilícitas no Paraná e um estilo de vida luxuoso nos Estados Unidos, incluindo a compra de carros de alto luxo e um jato particular.
Além do comércio ilegal de cigarros, que abastece 45 municípios fluminenses, a organização também realizava transferências suspeitas para empresas no Paraná, possivelmente ligadas a jogos de azar. Depósitos fracionados em pequenas quantias chamaram a atenção dos investigadores, revelando uma rede complexa de lavagem de dinheiro. Um dos alvos teria até enviado US$ 1 milhão para os EUA em uma tentativa de obter residência legal no país.
Autoridades descrevem o líder do esquema como uma figura perigosa e inteligente, com influência significativa no crime organizado. Advogados que tiveram contato com ele chegaram a expressar temor em conversas monitoradas pela PF. Enquanto isso, a defesa do investigado alega inocência e afirma que ele está foragido para garantir seu direito à ampla defesa. O caso continua sob investigação, com pedidos de prisão já emitidos pelas autoridades.