Uma investigação da Polícia Civil do Tocantins, batizada de Operação Via Avaritia, aponta a existência de um suposto esquema criminoso envolvendo desvios de recursos públicos em contratos de obras e conservação de imóveis do governo estadual. Segundo o relatório, o grupo teria atuado em conluio com empresários e servidores públicos, fraudando licitações e operacionalizando pagamentos ilegais por meio de empresas intermediárias. Mensagens apreendidas em celulares indicariam a coordenação dos repasses e a divisão de valores desviados, com indícios de lavagem de dinheiro e corrupção.
O caso teve início a partir de uma denúncia anônima contra um ex-superintendente de uma agência estadual, cujas comunicações levaram os investigadores a identificar supostos envolvidos, incluindo um ex-governador e seu sobrinho. As provas colhidas sugerem que contratos foram direcionados a empresas específicas, com parte dos recursos sendo desviados para contas particulares. O relatório também menciona conflitos internos entre os investigados, revelando tensões na divisão dos supostos ganhos ilícitos.
As defesas dos investigados negam as acusações, alegando que o processo tem motivação política e que não há provas concretas de irregularidades. Alguns afirmam que os contratos foram auditados e regularizados, enquanto outros destacam que suas ações seguiram rigorosamente os trâmites legais. O caso, que tramita há mais de cinco anos, deve ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido ao foro privilegiado de alguns dos envolvidos. O relatório parcial ainda está sob análise, e novas etapas da investigação podem ser divulgadas em breve.