Um policial civil foi morto durante uma operação na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que investigava fábricas de gelo com irregularidades. A ação, chamada de Operação Gelo Podre, foi desencadeada após análises da Cedae detectarem coliformes fecais em amostras do produto, distribuído para quiosques na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes. O policial, que integrava a tropa de elite da Core, foi baleado em um confronto e não resistiu aos ferimentos.
As investigações revelaram que as fábricas operavam em condições precárias, com falta de licenças ambientais, água não tratada e embalagens falsificadas. Equipes encontraram recipientes sujos e poços clandestinos, além de rótulos de marcas conhecidas sendo usados ilegalmente. Segundo a Secretaria de Polícia Civil, 70% das fábricas vistoriadas em 2024 apresentavam irregularidades, como excesso de amônia e más condições de higiene.
A operação também apontou conexões entre algumas empresas e facções criminosas, que as abrigavam em comunidades para evitar fiscalizações. Os responsáveis podem enfrentar penas de até oito anos de prisão por crimes contra a saúde pública. A ação foi conduzida pelas delegacias do Consumidor e do Meio Ambiente, com novas amostras coletadas para análise.