Um guia de turismo conhecido como Vitinho morreu durante uma operação policial em Caraíva, distrito de Porto Seguro, no sul da Bahia. A ação, realizada pelas Polícias Militar e Federal, visava prender um suspeito de liderar uma facção criminosa na região. Segundo a polícia, o alvo da operação resistiu à prisão e foi morto a tiros, enquanto o guia de turismo, apontado como seu segurança, também foi baleado e não resistiu aos ferimentos. No entanto, familiares contestam essa versão, afirmando que ele foi confundido com outro homem que compartilhava o mesmo apelido e que não tinha envolvimento com crimes.
A família do guia alega que ele foi algemado, torturado e morto após ser levado pelos policiais, com marcas de violência no corpo. O atestado de óbito indica que a causa da morte foi politraumatismo torácico e hemorragia, mas os parentes questionam a ausência de um confronto direto que justificasse esses ferimentos. Além disso, há denúncias de que câmeras de segurança foram desligadas antes da operação, levantando suspeitas de ocultação de provas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da Bahia, que acompanham as apurações.
As autoridades não responderam a questionamentos sobre a possível confusão de identidades ou as circunstâncias específicas da morte do guia. Moradores de Caraíva protestaram contra a ação policial, enquanto a família exige uma investigação transparente e a responsabilização dos envolvidos. O caso expõe tensões entre operações de segurança pública e a proteção de civis, destacando a necessidade de esclarecimentos sobre os fatos.