Uma operação policial na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, buscou capturar integrantes de uma facção criminosa responsável por ordenar ataques a empresas de internet no Ceará. Os alvos, que estavam escondidos na localidade, fugiram para a mata durante a ação, mas foram apreendidos armamentos, drogas e um homem com mandado de prisão em aberto. Os ataques no Ceará, que ocorreram entre fevereiro e março, deixaram moradores de quatro cidades sem acesso a serviços essenciais, como transações bancárias e inscrições em concursos públicos.
As investigações apontam que os criminosos agiram em retaliação à recusa de empresários em pagar uma taxa mensal exigida pela facção. Os ataques incluíram incêndios, depredação de equipamentos e destruição de infraestrutura de internet, levando ao fechamento de pelo menos duas empresas. Em Caridade, 90% dos clientes ficaram sem conexão por semanas, impactando significativamente a vida dos moradores.
Desde o início dos ataques, mais de 50 pessoas foram presas no Ceará, incluindo envolvidos diretos e donos de empresas clandestinas. O governo estadual criou um grupo especial para investigar os crimes, resultando em operações que apreenderam armas, munições e celulares. Apesar dos avanços, as lideranças da facção seguem foragidas, enquanto as autoridades reforçam a atuação para conter novos ataques e restabelecer a normalidade nos serviços afetados.