Um oficial da Polícia Militar do Paraná foi preso preventivamente durante uma operação do Gaeco, órgão do Ministério Público especializado no combate ao crime organizado. O militar é investigado por supostamente cobrar propina, interferir em processos disciplinares e transferências de colegas, além de intimidar subordinados. A ação, batizada de “Zero Um”, ocorreu em Maringá e outras cidades da região norte e noroeste do estado, com cumprimento de mandados de busca, apreensão e afastamento de funções públicas.
As investigações, iniciadas em 2024, revelaram que o acusado utilizava sua posição para vender decisões em inquéritos militares e cobrar valores que variavam conforme o serviço solicitado. Em um dos casos, teria pedido R$ 10 mil para facilitar a transferência de um soldado. O esquema também envolvia um operador financeiro e possivelmente coagia empresários a contratar policiais como seguranças particulares.
A defesa do militar informou que se manifestará após analisar os autos do processo. Outros três policiais foram afastados, sendo dois deles suspeitos de terem pago por transferências. A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da PM-PR, mas a origem da denúncia que deu início às apurações não foi divulgada.
