O Ministério Público do Pará deflagrou a Operação Guardião Sombrio para apurar supostas irregularidades no Conselho Tutelar de Curralinho. A ação, autorizada pela Justiça e com apoio do Grupo de Atuação EspeO Supremo Tribunal Federal (STF) entrou na segunda semana de depoimentos das testemunhas de defesa dos acusados na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Nesta fase, oito testemunhas indicadas por um ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional prestaram declarações, buscando contestar as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o inclui no chamado “núcleo crucial” do caso. Entre os depoimentos, um oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou que não havia possibilidade técnica ou legal de infiltrar agentes no processo eleitoral, descartando ações ilegais.
As testemunhas negaram que o ex-ministro tenha discutido medidas extremas, como estado de exceção ou fraudes nas urnas eletrônicas. Um ex-diretor do Gabinete de Segurança Institucional reforçou que as conversas no órgão sempre respeitaram os limites legais, enquanto um ex-ministro da Saúde afirmou não ter participado de discussões sobre ruptura democrática. Além disso, um assessor de imprensa do GSI descartou que o ex-ministro tenha ordenado a divulgação de conteúdo sobre supostas fraudes eleitorais.
Nos próximos dias, o STF ouvirá testemunhas indicadas por outros acusados, incluindo um ex-ministro da Justiça e o ex-presidente. Com 25 depoimentos previstos, os trabalhos devem se estender até o final da semana. O caso continua sob análise, com a defesa buscando enfraquecer as acusações de golpe e reforçar a ideia de uma transição pacífica após as eleições.cial de Inteligência e Segurança Institucional, resultou no afastamento de dois conselheiros por 180 dias e na execução de mandados de busca e apreensão. Entre os indícios investigados estão desvio de recursos públicos, superfaturamento na manutenção de veículos oficiais e omissão em caso de abuso sexual infantil.
Text: As investigações, em sigilo judicial, apontam um suposto esquema de “rachadinha” envolvendo servidores temporários, com repasses de valores de horas extras controlados por planilhas. Uma servidora da Secretaria Municipal de Assistência Social teria participado do esquema, com conhecimento da gestão. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, documentos e equipamentos eletrônicos, além de uma arma caseira, que levou à prisão em flagrante de um dos investigados.
Text: O MPPA destacou que as apurações continuam para garantir a responsabilização dos envolvidos e preservar a integridade do Conselho Tutelar. A decisão judicial pelo afastamento dos conselheiros considerou o risco de prejuízo às investigações e ao funcionamento do órgão. A operação reforça o compromisso com a transparência e o combate a irregularidades na administração pública.