O Gaeco do Ministério Público da Paraíba, em conjunto com a CGU e a Polícia Civil, deflagrou uma operação para investigar um esquema de fraude que desviou pelo menos R$ 126 milhões de mais de 100 mil beneficiários, incluindo aposentados e pensionistas do INSS. Segundo as autoridades, o esquema envolvia magistrados, advogados, funcionários públicos e associações que realizavam descontos indevidos em benefícios sociais. Foram cumpridos seis mandados judiciais em cidades da Paraíba e em São Paulo, mas os nomes das entidades envolvidas não foram divulgados.
O modus operandi incluía a manipulação de decisões judiciais em comarcas controladas pelos investigados, onde ações coletivas eram protocoladas com documentos falsificados para obter sentenças favoráveis em tempo recorde. Além disso, associações fraudulentas ofereciam empréstimos a idosos com juros abusivos, disfarçados como mensalidades de serviços inexistentes. Os suspeitos também cancelavam registros de dívidas sem quitação, dando a falsa impressão de que as vítimas estavam com o nome limpo.
A investigação, iniciada em dezembro de 2024, já havia identificado suspeitas contra um juiz e advogados na 1ª fase da operação. A análise de provas apreendidas, como dispositivos eletrônicos, revelou novas frentes investigativas, culminando na 2ª fase deflagrada agora. As autoridades afirmam que o caso não tem ligação com a operação que apura fraudes de R$ 6,5 bilhões no INSS, tratando-se de um contexto distinto de manipulação judicial.