Um indivíduo considerado uma das principais lideranças de uma facção criminosa foi entregue às autoridades brasileiras pela Bolívia neste domingo, 18. Ele estava foragido há cinco anos e foi detido em Santa Cruz de la Sierra portando documentos falsos. A transferência ocorreu na fronteira de Corumbá, Mato Grosso do Sul, e o preso foi levado para a Penitenciária Federal em Brasília, onde cumprirá pena por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. As autoridades bolivianas optaram pela expulsão, agilizando o processo em vez da extradição, que demandaria trâmites judiciais mais longos.
A operação envolveu 50 agentes da Polícia Federal, incluindo equipes táticas, e contou com coordenação do Ministério da Justiça e das Relações Exteriores. O preso foi capturado ao tentar renovar sua identidade com um nome falso. Investigadores afirmam que ele teve participação em esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao tráfico internacional, com valores estimados em R$ 1,2 bilhão. Além disso, há indícios de que ele recebia informações privilegiadas de agentes públicos sobre operações policiais.
Segundo especialistas, a facção criminosa espalhou informações falsas sobre sua morte para despistar autoridades, enquanto ele supostamente coordenava planos para resgatar outro líder preso. O indivíduo também teria participação nos ataques ocorridos em São Paulo em 2006, que resultaram em centenas de mortes. Sua captura marca um avanço nas investigações contra a organização, destacando a cooperação internacional no combate ao crime organizado.