Dois policiais militares foram presos suspeitos de integrar um esquema criminoso que facilitava o contrabando de produtos da Argentina. Segundo o Ministério Público, os agentes recebiam propina para não apreender cargas ilegais e alertar contrabandistas sobre operações policiais. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) encontrou um bunker escondido atrás de uma parede falsa, usado possivelmente para ocultar mercadorias ilegais.
As investigações, iniciadas em 2024, revelaram que os policiais atuavam em conjunto com empresários e moradores da região fronteiriça do Paraná, cobrando valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por semana para garantir a impunidade dos criminosos. Em alguns casos, os agentes desviavam parte das cargas apreendidas para benefício próprio. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três cidades, resultando na apreensão de documentos e equipamentos eletrônicos.
A Polícia Militar informou que instaurou um procedimento para apurar os fatos tanto no âmbito administrativo quanto criminal, reforçando seu compromisso com a legalidade e a transparência. O caso segue sob investigação, e os materiais apreendidos serão submetidos à perícia para consolidar as provas contra os envolvidos.