Uma investigação da Polícia Federal revelou a atuação de uma organização criminosa que produzia drogas sintéticas em larga escala no Rio de Janeiro. O grupo, que buscava se tornar o maior produtor e distribuidor do país, fabricava substâncias como ecstasy e MDMA em laboratórios clandestinos instalados em comunidades. Durante a operação, oito pessoas foram presas, incluindo o suposto líder da organização, enquanto outras 16 permanecem foragidas.
A quadrilha utilizava empresas de fachada para adquirir matérias-primas e operava com a permissão de facções locais, como o Comando Vermelho, em troca de parte da produção. Em uma única compra, foram adquiridos insumos suficientes para fabricar até quatro toneladas de drogas, equivalentes a quatro milhões de comprimidos. A distribuição ocorria em todo o país, com vendas realizadas principalmente pela internet.
A investigação, que durou dois anos, também identificou a participação de crianças e trabalhadores informais na produção, além da falta de controle de qualidade nos comprimidos. Autoridades solicitaram o bloqueio de bens avaliados em R$ 50 milhões ligados ao caso. A operação destacou os riscos da expansão do mercado de drogas sintéticas e a sofisticação dos métodos utilizados por organizações criminosas.