Uma investigação da Polícia Federal revelou a atuação de uma organização criminosa que produzia drogas sintéticas em larga escala no Rio de Janeiro. O grupo, que buscava se tornar o maior produtor e distribuidor desse tipo de substância no país, fabricava ecstasy, MDMA e MDA em laboratórios clandestinos instalados em comunidades locais. Durante a operação, nove pessoas foram presas, incluindo o suposto líder da organização, enquanto outras 16 continuam foragidas.
Os criminosos utilizavam empresas de fachada para adquirir matérias-primas e operavam com a permissão de facções locais, como o Comando Vermelho, em troca de parte da produção. A droga era distribuída para todo o país, principalmente por meio de vendas online. Investigadores destacaram a falta de controle de qualidade na produção e a participação de crianças e trabalhadores informais nos laboratórios.
A polícia apreendeu bens avaliados em R$ 50 milhões ligados ao esquema, incluindo carros de luxo e propriedades. A operação, que durou dois anos, contou com monitoramento detalhado e revelou a sofisticação da rede, que chegou a adquirir insumos para produzir até quatro toneladas de drogas. As autoridades continuam em busca dos foragidos e investigam possíveis conexões internacionais.