A Polícia Civil de Sergipe cumpriu 12 mandados judiciais nesta quarta-feira (14) em uma operação que desarticulou um grupo acusado de aplicar golpes financeiros. O esquema, que movimentou mais de R$ 14,8 milhões entre junho de 2022 e setembro de 2024, prometia lucros altos através de investimentos fictícios em plantio de milho e operações na bolsa de valores. Para dar credibilidade, os criminosos usavam documentos adulterados, menções indevidas a autoridades e uma rede de contas bancárias de terceiros para ocultar a origem ilícita dos recursos.
As vítimas, geralmente indicadas por redes de confiança, eram convencidas a investir grandes quantias com promessas de retornos rápidos. No entanto, o dinheiro era desviado para benefício pessoal dos investigados, que mantinham um padrão de vida elevado, com veículos de luxo, imóveis e joias. A polícia identificou práticas de lavagem de dinheiro, como transferências fracionadas via PIX e aquisição de bens em nome de terceiros, reveladas por análises do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
A operação, batizada de “Safra 171”, resultou na apreensão de eletrônicos, documentos e veículos, além de dois presos preventivamente. O material coletado será analisado para rastrear o destino dos valores e identificar novas vítimas. A polícia pede que quem tenha sido vítima de golpes semelhantes procure uma delegacia para prestar esclarecimentos e auxiliar nas investigações. A ação contou com apoio de setores especializados, como a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (DIPOL).