A Polícia Federal investiga um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desviou recursos por meio de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Entre 2018 e 2025, os investigados adquiriram pelo menos 47 imóveis, totalizando R$ 35 milhões em transações. A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, aponta que uma confederação ligada a trabalhadores rurais arrecadou mais de R$ 2 bilhões de 1,3 milhão de segurados, repassando parte dos valores para empresas suspeitas.
O esquema envolveu a compra de imóveis de alto padrão em São Paulo, Brasília e até no exterior, além de veículos e propriedades rurais. Empresas offshore e consultorias foram utilizadas para movimentar os recursos desviados. A PF estima um prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos, com outros R$ 5,2 bilhões em perdas evitadas após a operação.
As investigações revelaram ainda aquisições suspeitas por parte de diretores e assessores de entidades envolvidas, com compras de imóveis em valores elevados. O esquema funcionava por meio de autorizações fraudulentas de descontos em folha de pagamento, com uso de associações de fachada e falsificação de documentos. A operação continua em andamento para apurar todos os envolvidos.