A segunda fase da Operação Elísios, conduzida pela Polícia Federal, identificou ligações entre o assalto a um avião-pagador no aeroporto de Caxias do Sul (RS) em junho de 2024 e a cúpula de uma facção criminosa de atuação nacional. Durante as investigações, foram encontrados indícios de lavagem de dinheiro por meio de igrejas e ONGs, além de um plano contra autoridades descoberto em 2023. O crime resultou no roubo de R$ 14 milhões, com criminosos usando viaturas falsas da PF e participação de um funcionário de uma empresa de transporte de valores.
As apurações levaram à identificação de um suspeito ligado ao núcleo de liderança da facção, que agora está foragido, assim como outro indivíduo acusado de financiar o assalto. A PF suspeita que ambos estejam escondidos na Bolívia e acionou a Interpol para auxiliar na captura. Além disso, mensagens trocadas entre os investigados revelaram discussões sobre esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo depósitos em prefeituras de vários estados.
A operação também decodificou uma carta que detalhava um plano de resgate de um preso em 2023, evidenciando a estrutura hierárquica do grupo. Desde 2016, o mesmo núcleo é suspeito de envolvimento em pelo menos 25 grandes roubos em diferentes regiões do país. A PF pretende concluir o inquérito em 30 dias, enquanto as provas coletadas devem fortalecer investigações em outras unidades da federação.