A Polícia Federal prendeu três empresários no Aeroporto Internacional de Brasília, suspeitos de atuar como “laranjas” em um esquema de lavagem de dinheiro. Os detidos desembarcavam de um voo proveniente de Manaus quando uma mala com mais de R$ 1,2 milhão em espécie foi encontrada durante uma inspeção de rotina. Eles alegaram que o dinheiro estava vinculado a contratos com prefeituras do Amazonas, mas não conseguiram esclarecer o destino dos recursos ou os beneficiários, levantando suspeitas sobre a origem ilegal dos valores.
A investigação aponta que os empresários são sócios de empresas que supostamente funcionavam como fachadas para desvio de recursos públicos. Uma delas, registrada como fornecedora de alimentos, teria recebido milhões de reais de uma prefeitura para a venda de itens não relacionados à sua atividade principal, como bolsas e tecidos. A PF suspeita que os valores apreendidos poderiam ser usados para pagamentos irregulares a agentes públicos ou políticos.
Os suspeitos passaram por audiência de custódia e permanecem sob custódia, enquanto o dinheiro segue apreendido para análise. A polícia trabalha para rastrear a origem e o destino dos recursos, além de identificar outros possíveis envolvidos no esquema. O caso reforça a prática recorrente de usar “laranjas” para ocultar operações financeiras ilícitas, conforme observado em investigações anteriores.