A ONU foi autorizada por Israel a levar aproximadamente 100 caminhões de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, marcando a primeira permissão desde que o bloqueio foi imposto em 2 de março. Segundo o porta-voz da organização, a medida inclui a recuperação de cinco caminhões já enviados, mas a quantidade foi considerada insuficiente por autoridades humanitárias. A situação em Gaza é crítica, com escassez de alimentos, água, medicamentos e combustível, agravada por mais de 19 meses de conflito.
Organizações internacionais, como a UNRWA e a Oxfam Intermón, denunciam que a ajuda autorizada é mínima perante a dimensão da crise, classificando-a como uma “pequena concessão” diante da pressão global. A UNRWA destacou que, enquanto a entrada de suprimentos é limitada, os bombardeios israelenses continuam intensos, causando centenas de vítimas e deslocamentos em massa. A Oxfam alertou que dois milhões de pessoas estão à beira da fome, com a população enfrentando traumas, doenças e falta de abrigo.
Apesar da autorização, especialistas afirmam que o fluxo de ajuda não representa uma solução duradoura, exigindo a abertura de corredores seguros e o fim dos bombardeios para evitar o colapso humanitário. A crise em Gaza é considerada a pior desde outubro de 2023, quando o conflito se intensificou. A comunidade internacional pressiona por medidas mais efetivas, mas a situação permanece desoladora para os civis no território palestino.