A ONU corrigiu uma declaração amplamente divulgada de que 14 mil bebês em Gaza poderiam morrer de fome em 48 horas, esclarecendo que o número refere-se a possíveis mortes ao longo de um ano. A afirmação inicial, feita por um representante da organização em entrevista à BBC, baseava-se em um relatório da parceria IPC, que projetava casos graves de desnutrição aguda em crianças de seis meses a cinco anos entre abril de 2025 e março de 2026. A ONU destacou a urgência de enviar suprimentos para salvar vidas, mas ressaltou que o prazo de 48 horas não correspondia às projeções do relatório.
A entrada de ajuda humanitária em Gaza continua limitada, com Israel permitindo a passagem de alguns caminhões, mas enfrentando dificuldades logísticas para distribuir os suprimentos. A ONU relatou atrasos na liberação de carregamentos, incluindo farinha e medicamentos, enquanto a população local sofre com a escassez de alimentos e combustível. Embora algumas padarias tenham retomado atividades, a quantidade de ajuda ainda é insuficiente para atender à demanda crescente.
A crise humanitária em Gaza permanece crítica, com organizações internacionais pressionando por maior acesso à região. A ONU reforçou a necessidade de ações rápidas para evitar mortes evitáveis, especialmente entre crianças, mas reiterou que as estimativas devem ser interpretadas com precisão para evitar desinformação. O cenário exige cooperação internacional para garantir que a assistência chegue aos mais vulneráveis em tempo hábil.