O Dia do Abraço, celebrado em 22 de maio, destaca a importância do contato físico para o bem-estar emocional em todas as fases da vida. A psicóloga Karina Siqueira, do Hapvida, alerta que a falta de afeto pode gerar traumas e problemas emocionais, especialmente em crianças e idosos. Dados da Sociedade Brasileira de Psicologia e da OMS mostram que a carência de interações presenciais aumenta os riscos de ansiedade, depressão e dificuldades de socialização, agravadas pelo uso excessivo de tecnologia.
Entre os idosos, a solidão é um problema crescente, com 40% dos brasileiros acima de 60 anos relatando sentir-se isolados, segundo o IBGE. A ausência de contato físico pode agravar depressão e até acelerar o surgimento de doenças degenerativas. Por outro lado, estudos comprovam que abraços estimulam a ocitocina, hormônio que reduz estresse, fortalece a imunidade e promove sensação de bem-estar, como demonstrado em pesquisas clássicas, incluindo as do psicólogo Harry Harlow.
Para melhorar a saúde emocional coletiva, especialistas recomendam gestos simples, como dedicar tempo a conversas presenciais, brincar com crianças e visitar idosos. Essas ações reforçam vínculos e combatem o isolamento, lembrando que o afeto é uma necessidade humana básica. Em um mundo cada vez mais digital, resgatar o contato físico pode ser essencial para o equilíbrio emocional em todas as idades.