A Nvidia, líder no setor de chips, decidiu não desenvolver novos modelos para contornar as restrições de exportação dos EUA à China, aguardando definições do governo americano. Enquanto isso, a empresa perdeu participação de mercado no país, caindo de 95% para 50%, após a proibição de venda de seus modelos mais avançados. Para mitigar as perdas, a companhia adaptou chips como a H100 e a H20, mas novas restrições impostas em abril de 2025 impactaram suas vendas em US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre.
Apesar dos desafios, a Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,77 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2026, com receita total de US$ 44,06 bilhões, um crescimento de 69% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, as projeções tornaram-se mais conservadoras devido às incertezas regulatórias, com a empresa estimando perdas de US$ 8 bilhões relacionadas ao controle de exportações. A gigante de tecnologia também tem buscado diversificar suas operações, fechando parcerias em outros mercados, como Emirados Árabes Unidos e Taiwan.
Enquanto aguarda decisões sobre as restrições, a Nvidia tem investido em soberania de inteligência artificial e expandido seu ecossistema com parceiros como Oracle, SoftBank e OpenAI. A empresa destaca que as limitações impostas pelos EUA não são vistas como a solução ideal, afetando não apenas seus negócios, mas todo o ecossistema tecnológico global. O cenário permanece incerto, mas a Nvidia continua adaptando sua estratégia para manter sua liderança no setor.