Mais de 30 milhões de brasileiras vivem o climatério ou a menopausa, mas muitas ainda enfrentam dificuldades para identificar essa fase e receber orientação adequada. Dados do SUS mostram que o tema permanece subdiagnosticado, agravando sintomas físicos e emocionais. A queda nos níveis de estrogênio, por exemplo, provoca redistribuição de gordura para a região abdominal, resistência à insulina e perda de massa muscular, enquanto distúrbios do sono elevam o cortisol, facilitando o ganho de peso. Além disso, sintomas como fogachos, alterações de humor, névoa mental e riscos cardiovasculares são frequentemente negligenciados.
O climatério impacta significativamente a qualidade de vida, afetando produtividade no trabalho e bem-estar emocional. Estudos internacionais revelam que os custos econômicos da menopausa ultrapassam bilhões de dólares, incluindo gastos com saúde e perda de produtividade. A falta de informação e o preconceito em torno do tema deixam muitas mulheres sem apoio, exacerbando sentimentos de isolamento e frustração. No entanto, estratégias como participação em grupos de nutrição e adaptações na alimentação podem ajudar a aliviar os sintomas e promover equilíbrio hormonal.
Para enfrentar esse período, especialistas recomendam incluir fitoestrógenos, como soja e linhaça, priorizar cálcio e vitamina D para saúde óssea e consumir alimentos anti-inflamatórios, como peixes e azeite. Hidratação adequada e exposição solar segura também são fundamentais. A nutrição surge como uma aliada poderosa, ajudando a modular os efeitos das mudanças hormonais e melhorando a qualidade de vida. Com informação e cuidados específicos, é possível reduzir o impacto do climatério e viver essa fase com mais saúde e bem-estar.