Em 2023, o Brasil registrou um recorde de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, com 11.198 uniões civis, o maior número desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu esse direito à população LGBTQIA+. Os dados, divulgados pelo IBGE, mostram que esses casamentos representaram 1,9% do total no país. O crescimento foi impulsionado principalmente pelas uniões entre mulheres, que aumentaram 5,9%, enquanto as entre homens caíram 4,9%.
Os casais homoafetivos tendem a se unir mais tarde em comparação aos casais heterossexuais: as mulheres se casam em média aos 32,7 anos (ante 29,2 dos casais heterossexuais), e os homens, aos 34,7 (ante 31,5). Esse cenário contrasta com a tendência geral de queda nos casamentos civis no Brasil, que recuaram 3% em 2023, totalizando 940.799 registros. Segundo especialistas, a redução reflete mudanças culturais, com menos pressão social para formalizar uniões.
A pesquisa do IBGE destaca que, enquanto os casamentos tradicionais diminuem, as uniões homoafetivas seguem em crescimento, indicando uma maior aceitação e exercício desse direito conquistado há uma década. O fenômeno reforça a transformação nos padrões familiares e a liberdade de escolha na sociedade brasileira contemporânea.