A Polícia Federal incluiu novos elementos de prova em um relatório sobre uma investigação envolvendo tentativas de desestabilização democrática. De acordo com os documentos, áudios e mensagens recuperados de um computador funcional revelaram conversas em que um agente discutia ações extremas, incluindo o uso de força letal contra autoridades. As gravações indicam que o plano dependia de autorização que, segundo o próprio agente, não foi concedida.
Os investigadores conseguiram acessar os arquivos por meio de um backup do aplicativo de mensagens, armazenado no equipamento da corporação. Os registros mostram que o agente mencionava a existência de um grupo armado preparado para intervir, inclusive com menções a ministros do Supremo Tribunal Federal. O material foi encaminhado ao STF como parte do processo em andamento, mas só poderá ser considerado no julgamento após análise pelas defesas envolvidas.
Os áudios também trazem críticas a um ex-presidente, acusado de não ter apoiado medidas mais drásticas para impedir a posse do sucessor. As mensagens reforçam o contexto criminoso descrito no relatório final da PF, que investiga supostos planos para atacar instituições democráticas. As informações foram obtidas após a apreensão de dispositivos eletrônicos durante a prisão preventiva do agente.